Comprar imóvel: Quem está em busca de um imóvel para morar encontra um cenário favorável pela frente, a combinação de financiamentos com juros baixos e imóveis com preços ainda estáveis. As vendas do mercado imobiliário ensaiam uma recuperação, mas o movimento ainda é morno, o que pode gerar chances de barganha para o consumidor.
Os lançamentos de imóveis novos cresceram 23,3% nos últimos 12 meses, enquanto as vendas subiram somente 8% no mesmo no mesmo período, segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Isso significa que ainda há estoques e oportunidades de negociação para comprar imóvel diante de um mercado reprimido.
Além dos preços, as condições de financiamento também estão atraentes. Os bancos reduziram as taxas do financiamento imobiliário, uma reação à queda nos juros da Caixa e à manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em sua mínima histórica, 6,50% ao ano. A taxa média do financiamento imobiliário em abril era de 8,1% ao ano, segundo o Banco Central.
Taxas baixas devem impulsionar os financiamentos imobiliários, que devem crescer 10% este ano, segundo o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Gilberto Duarte de Abreu Filho.
“É uma sinalização positiva de retomada, mas ainda não é um número para celebrar. A recuperação vai ser mais lenta do que imaginávamos”, diz.
As taxas baixas devem durar pouco tempo. “Diante das incertezas no cenário político e econômico, o mercado espera que os juros voltem a subir em 2019 e isso vai influenciar o mercado imobiliário”, explica o economista da Fipe Bruno Oliva.
Volta da inflação, aumento dos juros nos Estados Unidos, alta do dólar e eleições são fatores que podem levar o Banco Central a subir os juros novamente.
Já os preços dos imóveis devem se manter estáveis até o ano que vem, segundo Oliva, diante da falta de confiança dos consumidores na economia e da recuperação devagar do mercado imobiliário.
“Não é preciso correr, mas há possibilidades de encontrar bons negócios para quem procurar com calma. Mesmo que a economia volte a crescer, os preços dos imóveis vão demorar mais para subir do que os preços de outros ativos”, diz Oliva.
A tendência é que as boas oportunidades de negócio diminuam com o tempo, já que os estoques estão cada vez menores, como aponta o executivo do grupo Ourinvest Nelson Campos. “Ainda que o cenário não esteja consolidado, é momento para olhar os imóveis com carinho”, diz.
Comprar Imóvel
Com o aumento dos estoques de imóveis das incorporadoras, as melhores oportunidades de negócio podem estar em imóveis novos, não mais em usados, como antigamente. Mas é melhor garimpar antes de excluir possibilidades. O momento é para barganhar. Os descontos médios são de 10%, segundo Prata.
Vale sondar com moradores e corretores se o prédio tem problemas ou se a taxa de condomínio é alta, por exemplo. Também é importante pensar se o perfil e a localização do imóvel se encaixam nos seus planos. “Nunca assine a compra de cara, no estande de vendas. Controle a empolgação”, orienta Prata.
Ao escolher o financiamento do banco, compare o Custo Efetivo Total (CET), que inclui o valor de todas as taxas além dos juros, e propostas de todos os bancos. A pesquisa dá trabalho, mas é importante para reduzir o valor das prestações.
Fonte: Exame
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